Empresa Municipal de Artes Gráficas – Imprensa da Cidade
A Imprensa da Cidade tem por finalidade a disponibilização do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro e seus suplementos, onde são publicados os atos oficiais da administração pública executiva municipal, bem como executar, privativamente, serviços gráficos para os todos os órgãos e entidades da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Município.
Além do Diário Oficial, são produzidos livros, folhetos, folderes, boletins, cartazes e impressos destinados à divulgação e funcionamento de todos os serviços e projetos do Município.
A atual sede da Empresa Municipal de Artes Gráficas – Imprensa da Cidade, foi implantada em terreno adquirido pela Prefeitura do Distrito Federal na primeira década do século XX(1910). Em 14/11/1975, pelo decreto 464, o imóvel foi reconhecido de domínio do Município do Rio de Janeiro.
O prédio possui características arquitetônicas semelhantes às das “escolas anisianas”, construídas no período de Anísio Teixeira à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública do Distrito Federal, na gestão do Prefeito Pedro Ernesto (1931-1936).
Enéas Silva era arquiteto responsável pela Divisão de Prédios e Aparelhamentos Escolares – DPAE e com ele colaboram Wladimir Alves de Souza, Attílio Corrêa Lima, Paulo de Camargo Almeida, Raul Penna Firme. Entre 1934 e 1935, os prédios escolares municipais projetados pela DPAE foram considerados por alguns autores como os primeiros ensaios da nova arquitetura, um período de germinação do movimento moderno. Integravam o “Plano Geral Diretor das Construções Escolares”, elaborado pelo arquiteto Nereu Sampaio, que se estendeu ao ano de 1942.
Funcionou, no início, como depósito de equipamentos, aparelhamentos e outros serviços complementares de manutenção escolar. Consta, também, que o prédio abrigou alguns serviços e maquinário pertencentes à Imprensa Oficial do Estado da Guanabara, surgida em 1960 e depois, ao Departamento Geral da Imprensa Oficial – DGIO, órgão do novo Município do Rio de Janeiro. Destaca-se o surgimento do sistema de impressão offset, no período da fusão da Guanabara e Rio de Janeiro. A entrega e o recebimento do prédio deu-se em 29/12/1995.
O prédio foi a primeira sede oficial da Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico – DPHA. Desde sua criação, em 1964, pelo Governador do então Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, até sua extinção, em 1979, quando integrava o Município do Rio de Janeiro. Primeiro órgão de proteção do patrimônio cultural carioca em nível estadual fluminense, dele fazia parte o serviço de Arquivo Municipal, atual Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Somente em 1986 foi criado um novo órgão de patrimônio cultural, o Departamento Geral de Patrimônio Cultural – DGPC, atual Secretaria Extraordinária de Patrimônio Cultural – SEDREPAHC.
A denominação de Avenida Pedro II foi dada pelo Decreto Municipal nº 1349, de 18 de julho de 1919, à Rua Pedro Ivo e a Imprensa da Cidade funciona no bairro Imperial de São Cristóvão, junto ao Museu Nacional, antiga residência de D. João VI e dos Imperadores Pedro I e Pedro II, cenário de grandes acontecimentos de nossa história.
Por que o Rio de Janeiro tem duas imprensas oficiais, uma municipal e outra estadual?
A explicação é simples. Quando a Capital Federal foi transferida para Brasília, em 1960, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi transformada em mais uma unidade da federação, com o nome de Estado da Guanabara e, como os demais estados, passou a ter o seu próprio diário oficial, o D.O. RIO, surgindo, assim, a Imprensa Oficial do Estado da Guanabara. O Estado do Rio continuou com a sua Imprensa Oficial sediada na capital fluminense, Niterói.
Esse quadro se manteve até 1975, quando Guanabara e Rio de Janeiro foram fundidos em um só Estado e a capital foi transferida de Niterói para o novo município do Rio de Janeiro, passando o D.O. RIO a ser parte integrante do Diário Oficial do Estado, que continuou sendo editado em Niterói, onde até hoje funciona a Imprensa Oficial do Estado. A desvinculação dos diários oficiais ocorreu em 1987, voltando o D.O. RIO a ser editado pelo Departamento Geral da Imprensa Oficial (DGIO) que tinha sido criado em 1975, junto com o município do Rio de Janeiro.
Em 1992, a Câmara Municipal aprovou uma lei transformando o DGIO em sociedade anônima, nascendo, então, a Empresa Municipal de Artes Gráficas – Imprensa da Cidade.